Meu coração parou
Os dias passam
As horas correm
As certezas morrem,
E os olhos choram
Choram por não saber,
Saber se um dia me amaste,
E eu não paro de sofrer
Com a ilusão que criaste
Mataste o artista
Sem sequer dar uma pista
Do que no teu coração morrera
Esse amor que alguma vez batera.
Sei que não errei
E triste então fiquei
Pois no fim disto tudo
Descobri que em ti me enganei
E agora dizem que fui sortudo
Porque contigo acabei.
E eu respondo, não!
Não consigo apagar
Esta incessante paixão
Deixar de te amar
Sentir que acabou,
Não, só sei que o meu coração parou.
Escrito por: Aurélio de Sousa
O AMOR É...
O Amor, é como uma onda,
É uma onda de prazer
Que invade o nosso espirito sem que nós
Possamos algo fazer para nos defender.
O Amor, é como lava de vulcão
Que escalda e derrete o nosso coração.
É felicidade, é prisão,
É como um cão raivoso que ataca sem perdão.
O Amor, é um elástico
Que se estica tanto que acaba por quebrar.
É faca, é bisturi, é um fantástico
Instrumento de corte que acaba muitas vezes
Por matar.
O Amor é sádico,
Faz todo e qualquer comum mortal sofrer,
Mas apesar de ser sádico todos querem senti-lo,
E ver correr da torneira do coração
Um enorme fio de prazer.
José Ferreira
Verbo Amar
Ofício de Amar - poema no feminino
Todos os ofícios requerem estudo
Mas o de amar precisa de braços, mãos calejadas,
Suor para erguer as pedras do nosso edifício.
Se a paixão sorri ao virar das esquinas,
O amor, ah! o amor de argamassa, pedra e cal,
Esse amor constrói-se das ruínas.
O ofício de amar deve ter um princípio, um meio e um fim.
Gostaria de não saber fazer outra coisa:
Amar. Amar-te. Dar tudo de mim.
Revel
Ser tua
Que já devias saber:
Se não for para te amar
Então não quero viver
Contigo partilhar
Momentos de prazer
É tão bom te amar
Porque e que me queres ver sofrer?
Tu fazes-me feliz
Sempre fizeste, sempre hás-de fazer
És só tu quem eu sempre quis
Sempre mesmo até morrer
Era bom na realidade
Que também gostasses de mim
Entende que te amo de verdade
Nunca amei ninguém assim
Não tentes fingir
Que este amor que sinto
Depressa vai partir
É tão verdadeiro
Como foi o primeiro
Porque e por aquele
Por quem quero sentir...
Ébrio de Água
O teu corpo é um copo onde bebo
A pouco e pouco a beleza de mim
Um relvado onde me estendo assim
Num descuido solto que não percebo.
O teu corpo é uma pista de gelo
Onde a minha longa língua carmim
Se desliza indomada e enfim
Se despenha pelo cabo do medo
Da tua boca onde bebo trémulo
Em sôfregos golos de eternidade
Em castos haustos de fugacidade
A profecia que me deixa crédulo
Que tu a mim pertences em verdade
E só a mim, fonte, matarás a sede!
--
David Rodrigues
Coisas do coração
E se o teu coração de ferro e aço
se derretesse no calor de um abraço?
E se o teu coração magoado e fechado
se abrisse com um sorriso iluminado?
E se os teus maiores medos e receios
desaparecessem atónitos e alheios?
E se os teus maiores sonhos e desejos
se realizassem numa promessa de beijos?
E se tudo o que sempre quiseste evitar
tivesse a força de uma onda do mar?
E se tudo aquilo a que sempre disseste não
tivesse o encanto de uma mágica paixão?
E se o teu coração de ferro e aço
se fundisse na ternura de um abraço?
E se o teu coração cansado desta solidão
batesse mais forte ao toque de uma mão?
E se tudo o que sempre te fez confusão
aos poucos abrisse uma porta no teu coração?
E se tudo o que nunca quiseste ter
fosse a luz mais brilhante no teu viver?
Hisalena
Chegaste num dia de chuva. Quando vieste,
trazias a lua sobre a prata do antebraço
e a vida repleta de espelhos partidos,
não permanecias.
Chegaste enquanto eu dançava sobre as mesas,
antes que os primeiros grandes aguaceiros iniciassem
o outono e o fulgor interdito de um corpo,
que antes enlouquecia lentamente sobre as mesas
na contemplação dos ventres das deusas antigas.
Essas que chegaram antes de ti.
Com as bocas cheias de sal.
Com as espáduas pintadas a cal.
só elas sabem como a carne é inculcável,
quando ama.
Com elas aprendi a soletrar as profecias
das rosas e a prece de olvidos
dos rios correndo
para o ventre das mulheres com o cio,
onde, na ânsia de lírio das mães,
germina o caule da veia,
se o amor é a equidistante distância,
o equidistante delta
das bocas abertas para a concessão da rosa
rente ao sucinto equilíbrio da cintura:
Barco naufragado no olvido
dos ventres escalando
a côncava nudez da permanência.
Luís Manuel Felício Lourenço
foi assim que ela nasceu...
de uma ideia junta de ingredientes específicos
sim
sentia a falta do pai
embora habitassem o mesmo T3
sim
sentia a falta de ser-se
embora se fosse
sim
sentia a falta de algo
embora, talvez,
tudo fosse
sim
queria saltar da ponte
embora nunca tivesse encontrado uma na qual se sentisse em casa.
Assim era ela,
a minha namorada
Ana Luísa - blogspot "literaturas, litteratur, litherature"
AMAR
Cada um ama de uma maneira,
cada qual, ama como pode.
O amor é lindo!
O amor é tudo. Não importa como se ama, só importa o que se ama.
Se amas és amado! Temos várias formas de amar e ser amado,
mas estas formas levam ao mesmo lugar.
Sabemos bem a quem amamos,
mas sabemos também como amar.
Quando amamos nos libertamos
é no amor que encontramos vida,
é nele que nos alimentamos e nos fortalecemos.
O amor é lindo! O amor é tudo.
O amor é doação, é viver o outro, é querer o outro.
É dividir o seu amor com todos.
Se você vive o amor, não espera resposta.
Se é amor não importa,
no amor nada se perde só se acrescenta.
O amor é lindo! O amor é tudo.
Só quem ama sabe, só quem ama sente,
só quem ama respeita o sentimento do outro.
Só quem vive o amor,
só quem quer o amor investe nele.
Quem ama não fala, quem ama não recomenda.
Quem ama vive cada momento
e administra as suas carências.
O amor é lindo! O amor é tudo
Cláudia Camacho
Silêncio
Fala-me sem falar
Perpetua esse perpetuar
Nessa língua omnipresente
Mais antiga que este linguarejar
Aquela que fez do animal gente
A única que perdurará
Muito para além da dor
A que nos une e em todos nós há
Fala-me sem falar, do amor
Rodrigo Coutinho
Reconheço-te...
Reconheço-te...
... em demais chamas de rua, flocos de chuva que gemem.
Num rosto amado, num chão vidrado, prestes a saltar!
Reconheço-te...
...entre umas mãos amanhecidas de um orvalho quente.
Num canto abandonado, num sorriso farto de crianças a sonhar!...
Reconheço-te...
...num branco de papel, em letras de água que queimam.
Num toque desmedido, num olhar despido cansado de gritar!
Reconheço-te...
... num lugar insólito com uma saudade vencida de desejo.
Num passado caótico, num véu de cores a sincronizar!
Reconheço-te...
Oh, como eu te reconheço nesta estrada sentida!
E neste sonho onde me abandono em caminhada,
és a desordem da minha alma, a raiz do meu espírito...
... a única voz que me guia nesta viagem sagrada!
Cidália Morgado
Confidência
Vou fazer-te uma confidência:
aprendi o ofício dos sonhos em versos
que se colam ao corpo, no fascínio ardente
de olhos teimosos de sonetos.
Há um espaço meu dentro de cada poema,
um espaço verde e cheio de areia,
um lugar de mudez, agasalhado de certezas.
Aprendi a voar em linhas, indecisa no azul
das canetas. Irada e louca aprendi a decifrar
enganos, nomes invernosos e pesados,
desfigurei névoas futuristas, dedilhei a medo
o estalar das pedras e das águas.
Parei no frio de uma manhã qualquer e
descobri as coordenadas dos meus sonhos:
perto, perto como as tuas mãos nas minhas.
Vou fazer-te uma confidência:
a tua presença é o tempo que volta,
é sinfonia que se cola ao corpo, no fascínio ardente
de olhos teimosos de sonetos.
Há um espaço meu dentro de ti,
um espaço verde e cheio de areia,
um lugar de mudez, agasalhado de certezas.
Nas coordenadas dos meus sonhos,
encontrei as tuas.
Márcia Gonçalves
"Amo-te"
Eu sinto-me perdido
em mundos de encantar
possuo um coração ardido
que tem muito para dar.
Eu aprecio a água do mar
e o vento que sopra em redor
eu tenho o poder de te amar
e o de pensar no pior.
Mas não sou feito de ferro
Não tenho um poder infinito
e vagueio sozinho lutando
num mundo de coração aflito.
E noto o quanto gosto de ti
e vejo tudo o que sou capaz
Observo o quanto sofri
e tudo o que deixei para trás.
Não sei quando te verei de novo
Não vejo o fim deste tormento
Mas noto um futuro diferente
deste presente de sofrimento.
E sonho... sonho bem alto
E das profundezas de chamo
E subo ao mais alto asfalto
Pra gritar ao mundo o quanto te amo.
Rui Pedro Sousa
O TEU OLHAR
Nos teus olhos lindos e profundos
Consigo ver todos os mundos.
A paz, a luz, a amizade e a cor,
Consigo visualizar todo o amor
Que possuis no teu quente coração.
Consigo imaginar a dádiva da tua mão
Espalhando para todos a felicidade
Da tua bela e generosa amizade.
Vejo que não existem pesares
No mar que vais velejando
Dia a dia com bons ares
E sempre procurando
A chegada a um qualquer cais
Com paz, amor e amizade
Onde nunca será demais
Distribuires a felicidade.
Nesse olhar lindo e profundo
Com inabalável esperança
De criar um novo mundo
Pleno de real temperança
Assim vais tu pelo mundo
Pela terra, pelo ar, pelo mar
Ensinando amor profundo
Com esse teu lindo olhar.
Maria Real
Amor Harmonioso
Pedi ao vento, ao Sol, e as nuvens, três elementos da natureza que me ajudassem a levar até ti um pouco de mim e do meu amor. O vento disse-me que levaria a brisa suave aromatizada com o perfume do meu corpo para que quando ele passa-se sentisses o meu cheiro, e inebriada de desejo te lembrasses de mim. O sol, por sua vez, afirmou que levaria até ti um pouco do meu calor, para que ao sentires os seus raios a tocarem no teu corpo, te lembrasses das minhas carícias. Por sua vez, as nuvens declaram que passariam junto de ti, e lá do alto dos céus fariam cair uma leve e passageira chuva onde em cada gota poderias saborear os mais variados sabores que o meu corpo te dá. Enquanto agradecia, feliz, aos três elementos da natureza que me propuseram ajudar em tão árdua tarefa, apareceu um rouxinol que disse que se juntaria ao vento, ao sol, e as nuvens, e que através do seu belo canto iria te transmitir o quanto eu amo-te.
Bruno Amarante
Amor ... dá me as tuas costas para eu poder descansar ...
Os teus braços para neles me estender ...
A tua cabeça para nela me encostar ...
Os teus lábios para me aquecerem ...
Amor ... não escondas o desejo
Que te vai na alma adiante ...
Que eu sou aquela por quem esperas
Desfiando as bainhas do tempo ...
Porquê amor ... fechares em teu peito
Esse atito intenso ...
Se eu venho a ti vagarosa ... me dar a ti contente ...
E se na negrura dos meus olhos entrares
Poderás descobrir então as léguas que caminhei
Para me pendurar no teu colo ... serena ...
Vede amor ... o tanto que te aceno ...
poema de : Leila
Não sei como apareces de repente
atrás de qualquer coisa tão comum.
Fantasma, vens do nada, do nenhum,
assombras-me dum modo diferente.
Não sei qual a magia que tu usas
que põe a minha vida assim presa.
Não sei como me apanhas de surpresa
e tornas-te a maior das minhas musas.
Não sei como te fazes nevoeiro
opaco, envolvente, sorrateiro,
que tento abraçar mas não agarro.
Nem sei porque feitiço ou que arte
consigo facilmente imaginar-te
no fumo que se solta do cigarro.
ASS. Domingos do Carmo
Voltar a cair em ti?
Deixei tudo para trás,
Desarrumei as malas.
Com as ideias organizadas,
Deslizei para ti.
Envolvi num sorriso
Nesse teu jeito suave de ser.
Deixei-me levar,
Pois só contigo sei viver.
Encontrei-te no teu mundo,
Um mundo que tu desenhas,
pintas à tua maneira
e eu quero estar num prateleira.
Encantei-me com o teu sublime olhar,
O que me faz apreciar a beleza do teu estar,
A suavidade dos teus lábios
E a pureza do teu sonhar.
Sim, por ti, eu me apaixonei.
Senti necessidade de te voltar a ver,
De te ter nos meus braços
Para sentir o amor a renascer.
A imensidão e a beleza de tudo de ti,
Faz-me sentir o homem mais realizado do mundo
E faz-me acreditar que a minha vida és tu.
Neste mundo eu e tu, somo um.
Tó-Zé
Amar-te-ei...
Corre-me nas veias,
Confesso!
Esta forma subtil
Este desejo
Esta vontade.
Contesto!
Essa necessidade
Que a minha nudez, anseia
Na sombra do teu rosto.
Arremesso!
Os gemidos de prazer
Que calo em mim,
Através do teu beijo.
O beijo que adultera
Que me engana...
Menosprezo!
Qualquer tormento
Vem!
Procura,
Esta impudica
Que te chama...
Fernando Lopes
Beija-me
Como se fosse a primeira vez...
Beija-me apaixonadamente
Como se fosse a última vez.
Mas beija-me,
Nem que seja em pensamento,
Quero que me beijes
Em todo o momento.
Beija-me
Com esses lábios ardentes
Esquece o passado
E vive o agora...
Beija-me...
Preciso perder-me em teus braços.
Beija-me, beija-me, beija-me
E esquece as lágrimas que deito
Que os teus beijos me acalmem...
Beija-me somente
E ao saber que existes
Posso ser feliz novamente.
SUSANA CUNHA
Um Rio com vida…
Nas águas límpidas de um rio
Corre a força de um olhar,
Não tem rosto, não tem olhar
Tem o sorriso puro de uma gota
E a certeza de te procurar.
Por pedras, correntes e ramos
Percorre distâncias infinitas
Sem nunca te encontrar,
Toca ténues imagens dos teus lábios
Na esperança de te abraçar.
De margem em margem perdida
Deixa-se no teu corpo aninhar
Numa entrega sem depois,
Num momento intemporal,
Para só depois sonhar.
Ao longe alcança terra
Na felicidade do teu amor,
Mergulha na profundidade, sem nunca hesitar
Entrega-se de alma na essência de amar
Apenas com vontade de te acarinhar.
Berta Maria Machado da Silva
No alvo beijo a beber o abraço
Das bocas a se encontrarem sedentas
Pelo desnudar das almas
E do fio único a velar
O cálido corpo desejante.
O enlevo tornado infindo,
quando à alma goza o abraço
e à volúpia transpõe o êxtase
e os corpos quedam-se repletos
a gozarem sua plena imperfeição,
é inefável às bocas fatigadas
e às mãos a repousarem arquejantes
sobre os sexos saudosos e silentes.
O êxtase do instante se expande
Às almas a entreabrirem-se em flor
Transbordando eternidades
A deflorarem a noite insondável.
O corpo morre no seio da noite
Para que nasça a alma...
E os amantes
Despem-se,
Pela primeira vez.
Gustavo Figueiredo
AMOR
Gostei logo de ti
Mas nunca pensei sentir
O que sinto hoje por ti
Entraste sem bater
E eu nos teus braços
Acabei por me perder
Contigo a minha vida
Tem outro sentido
Surgiste sem avisar
P’ra mim és muito querido
És tudo para mim
Sem ti não sei viver
Vem comigo caminhar
Juntos vamos vencer
Quando penso em ti
Meus olhos parecem rir
Faço tudo p’ra estar contigo
Não te quero ver partir
Autora: Carla Jesus
Tenho o teu cheiro dentro de mim
Tenho-o na minha lembrança…
Sossega-me a ALMA
Ter-te a meu lado!
Companheiro,
Amigo,
Confidente,
És para mim o meu porto de abrigo…
A quem recorro para desabafar!
Enfrentas comigo o mundo
Que dizes não ser maior que eu…
Pois,
Eu penso diferente!
O nosso amor…
Esse sim…
É maior que o mundo.
Sandra Amaro
Teu corpo, árvore
(canção de amor do pinheiro macho)
Não sei de que amora azul silvestre
Nem de que fundo acidulado
Demora teu corpo lento agreste
Rente ao meu corpo aprisionado.
Sei só teus braços ramos norte
Troncos e pernas tropeções
Sei só do frio que lavra forte
Corpos e braços e corações.
Dormindo
Quando o Amor te vier despertar,
Sem setas, sem asas, apenas ar,
Continua a dormir.
Quando ele se quiser apresentar,
Cobrindo-te os seios, cheios, com flores,
Néctar, beijos, e nocturnos odores,
Aspira-os como se fosses mar,
E continua a dormir.
Que o Amor, tal como o fogo, é assim,
Feito de luz aberta à escuridão.
Sussurra entre os lábios que és um não
E escreve com os dedos que és um sim.
E continua a dormir,
Quando ele, o Amor, te vier raptar.
Imitando o mar, deixa-te levar
Até ao mais fundo infernal dos leitos.
Juntem os dois peitos,
Acordando apenas para as carícias
E delícias eternas
De quem, como tu,
Se descobriu nu
Perante a luz velada das lanternas
A que chamam estrelas.
Essas, que sem sê-las
Assim se fixaram no firmamento,
Alheias à morte e ao pensamento.
Sossegadamente, assim, a dormir...
E há quem diga que a sorrir.
Como tu.
Manuel Anastácio
PARA NÃO DEIXAR DE PENSAR
Conhecemo-nos num dia longínquo
Revelaste-me a plena essência do teu ser e eu a ti a minha
Não procurámos desvendar os insondáveis mistérios do Universo
Nem falámos acerca de lugares comuns.
A conversa informal, incomum,
Deu lugar a vastos e nobres sentimentos.
Despedimo-nos mais tarde, noutro dia longínquo,
Em que tomámos diferentes direcções,
Apesar de teres confundido todos os meus sentidos.
Separados pelo tempo e pelo espaço, inacessíveis
E sem promessas
E sem esperança.
Hoje, sei que sinto saudades Tuas.
Se sinto, o meu sentimento é por pensar em Ti.
Se choro, as minhas lágrimas são Tuas.
Se AMO, o meu Coração é Teu.
Tenho que to entregar pessoalmente,
Ele não está bem assim.
Se o meu sonho és Tu,
Então, não quero acordar desse sonho,
Porque no meu sonho
Penso em Ti perto de mim.
Na realidade, apenas posso pensar em Ti.
Estranha realidade,
Onde apesar de tudo,
Posso pensar em Ti.
Leonor Hoje
Daniel Costa-Lourenço
Imagino
Neste exacto momento
em que escrevo estas palavras,
é teu o meu pensamento,
embora tu não o saibas,
em que, num sorriso, recordo
o toque da tua pele
e imagino nos teus lábios
o mais puro e doce mel.
E imagino segredos
e histórias por revelar;
e com a ponta dos meus dedos
anseio em te tocar;
e num tom de voz baixinho
ao teu ouvido sussurrar,
enquanto te faço um carinho,
enquanto leio o teu olhar.
E, logo depois, lentamente
pegar na tua mão;
sentir nela, o teu corpo quente,
sentires nela o meu coração.
E depois suave e doce
afagar o teu cabelo,
como se um poema fosse,
como se pudesse eu escrevê-lo.
Imagino finalmente,
ou talvez seja um desejo,
abraçar-te ternamente,
enquanto provo o teu beijo.
Mythos
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